Palavra amiga mudou com as redes sociais

Quando eu era uma criança (sim, em alguns aspectos eu ainda sou) meus pais me ensinaram que amigo é diferente de colega.

Colega é aquele que está com você em sala de aula, na vizinhança, no seu trabalho, mas não existe vínculo. Se você sair daquele trabalho ou escola, acaba ali a relação.

Amigo é diferente. Mesmo você deixando de estudar naquela faculdade, se mudar de cidade, ou de trabalho, ele continua a relação com você. Há identificação, sentimento, respeito e uma relação que quando você furar o pneu do carro, esse cara pode ir lá te ajudar. São estas pessoas que você convida para uma festa de aniversário, formatura, casamento e por aí vai.

Na era das redes sociais, o termo “amigo” ficou banalizado. O “amigo de rede social” chega a ser “pior” do que um colega. O colega pelo menos você já conviveu por um tempo. Já o “amigo” de rede social da internet, muitas vezes você nem conhece, não sabe como é sua voz, seu humor, apenas tem ali uma relação estática.

Eu já cansei de ouvir gente dizendo assim “fulano é meu amigo no Facebook”, ou seja, o Facebook é um mundo paralelo ao que a gente vive.

Quando fulano se torna seu amigo no Facebook, já quebrou o gelo, mas o que acontece é que a maioria não aprofunda no relacionamento. Quantos “amigos do Facebook” nunca me deram bom dia, nem curtiram uma foto ou procuraram saber se estou bem. Será que isso é amigo?

Gente que nunca me chamou no chat para agradecer, dizer que acha minhas fotos legais, e que já estudou na mesma faculdade. Gente que não está nem aí se estou bem ou mal. Apenas querem ter cada vez mais um número maior de amigos. Para quê?

Realmente é preciso repensar esse conceito de “amigo do Facebook”. Ainda bem que agora temos a opção de ter assinantes, ou seja, a pessoa assina o seu Facebook igual assina uma revista ou jornal. Toda atualização ou conteúdo que você gera publicamente, esta pessoa recebe. Prefiro ter  5.000 assinantes, do que 5.000 amigos.

Prefiro que por perto estejam pessoas com objetivos parecidos, vínculos familiares, profissionais ou acadêmicos. O resto é tão superficial e razo, que nem é uma relação. É aquele típico papo que você puxa na fila do banco. Sai dali e não tem mais nada. Foi pura obra do acaso.

Depois dessa, que tal aceitar ter assinantes no seu Facebook e deletar 90% da sua lista que não são amigos nem colega? É menos lixo eletrônico e uma barra de rolagem menor no chat do Facebook.

Pense nisso!

5 respostas

  1. Oi Bruno !
    Estou la tentando excluir algumas pessoas, mas fica dificil depois de aceitarmos, pelo menos pra mim. Como se jogasse a pessoa fora, mesmo ela sendo so um conhecido. Eu e minha educação inglesa heheh.
    Mas vc tem razão !!! Ótimo post.

  2. Sim Bruno, não é amigo nem colega.

    É um follower!

    Está ali para seguir seus posts, sua vida, seus costumes.

    Mas tem aquele follower que às vezes por ter os mesmos interesses acaba se tornando um amigo virtual, que diariamente está ali na sua timeline lhe dando um bom dia ou lhe ajudando com algo.

    Considero que por ter interesse mútuo, acaba se formando um vínculo bacana e por que não se tornando o mesmo que um colega de sala de aula, de trabalho.

    Seu texto para reflexão procede, mas fica aí minha dica de que um follower pode vir a ser um amigo virtual que lhe oferecerá aquela oportunidade de ouro, lhe abrirá caminhos, lhe influenciará para o bem, lhe dará reconhecimento pelos posts que você faz.

    E lógico, não vamos iludir que com ou sem rede social, amigos são pouquíssimos!

    😉

    Fique com Deus.

    Abraços,

    @tolstoy

  3. Bruno
    Gostei muito do post e vem de encontro a nossa realidade atual, ontem msm falamos sobre isso em uma roda de amigos

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