Até meus 18 anos eu sofria muito com o julgamento das pessoas. A maioria das pessoas que falavam de mim sequer conhecia minha história, meus valores e meus sonhos. Era a crítica pela crítica, maldade pura, julgamentos vazios e superficiais. Quando era uma coisinha boba, eu deixava pra lá, mas quando feria a minha honra, me incomodava. Mesmo não tendo sentimentos por tais pessoas, as palavras, olhares e risadas me faziam sofrer, me machucavam, sabe?

Por ser expansivo e comunicativo, muitos achavam que eu queria aparecer. Por ter facilidade com organização, relacionamento com pessoas e liderança nata, muitos achavam que eu era “o mandão”. Por ser evangélico e não namorar com 14…15 anos, achavam que eu era gay. Por não sair para baladas, não beber cerveja e não usar drogas, achavam que eu era bobo, careta, besta, que estava perdendo a vida. Aff! Quanta bobeira, né? E isso vinha de conhecidos, amigos, familiares, colegas de escola.

Um dia lendo um estudo Bíblico vi que minha importância estava totalmente errada. Eu me importava com gente que nem gostava de mim, que pouco importava com o meu presente e futuro. Gente que não fazia diferença alguma. O que elas pensavam de mim adiantava alguma coisa? Agregava pra mim? Moldava minha escolhas? Definitivamente não. Era a maldade pela maldade. Também, dá um desconto, eu era apenas um garoto com 17…18 anos, mas com essa idade fiz muitas escolhas na vida, entre elas, não importar mais com o que as pessoas falavam, pensavam ou achavam. O julgamento do outro simplesmente foi reduzido a nada. Claro que não gostamos que alguém fale mal de nós, mas em tempos de redes sociais, só falta o botão Adicionar Inimigos no Facebook, né? Com certeza eu chegaria facinho ao limite de 5.000 inimigos, porque o que tem de gente que não gosta da gente de graça não tá escrito no Google.

Não se importar com o que os outros acham de você, também não lhe permite ser uma pessoa má, ter comportamento negativo, nem ser grosso, mal educado, nem fazer coisas erradas. Mas por termos valores diferentes daqueles que vivem conforme as leis do mundo, é normal que estas pessoas não entendam o modo pelo qual vivemos. No tempo de Davi também era assim. Por mais milagres que Deus já tinha feito, olha o comportamento da racinha humana.

“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança,e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” (1Sm 17.45)

Se o povo afrontava Deus, quanto mais nós, pecadores insignificantes.

Contra a afronta, simplesmente vá com a palavra de Deus, assim como Davi fez. O que realmente é importante, meu caro é o que Deus pensa sobre você. Ele te sonda, te conhece, te ama incondicionalmente. Ele é o único que sabe de fato a sua verdade. E se sua verdade for ruim, te prejudicar, ele pode mudar sua essência, seu coração, seus pensamentos e seu futuro. O mundo pode achar que você é um ladrão, que você é mentiroso, fofoqueiro. As pessoas podem questionar seu caráter, sua sexualidade, suas intenções, mas só aquele que te criou é capaz de saber quem você é de fato. Sendo assim, tire seu foco das pessoas e coloque seu foco no criador. E deixe que o tempo mostre quem você realmente é.

Quando ouço falar quem alguém falou algo que não sou, eu simplesmente oro e peço a Deus que me dê uma oportunidade de em algum momento na vida aquela pessoa ter a chance de ver que “sua verdade” estava enganada. O tempo é senhor de tudo. As pessoas podem enganar por um tempo, mas não o tempo todo.

Importe-se com Deus e permita que o tempo diga toda a verdade sobre você e suas intenções. E aja da mesma forma com outros. Não julgue aparência, nem períodos curtos, não julgue pela voz, pela forma como fala, como anda, como verbaliza. Não julgue pela forma que a pessoa se veste, comunica, não julgue pelo vocabulário, pelas tatuagens ou brincos. Valorize a essência das pessoas,  e jamais permita conhecer alguém com os olhos de outra pessoa. Jamais vá conhecer alguém levando em consideração o que outros pessoas já falaram. Não vicie o seu olhar.  Tenha sua própria experiência. E se viu algo que não gostou, jogue no lixo, ore pela pessoa e siga em frente. Afinal, o seu julgamento com o outro não vai mudar a vida dele, mas pode mudar você e torná-lo pior. Cuidado com o que guarda em seu coração. Seus pensamentos e julgamentos não mudam o outro, mas podem aprisionar você!

Para encerrar, medite nesta palavra.

Tomem cuidado com o modo como vocês se comportam entre seus semelhantes não salvos, porque assim, mesmo que eles acusem e falem mal de você, acabarão louvando a Deus pelas boas obras de vocês no dia da sua vinda”. 1 Pedro 2, 12.

Em outra versão de Bíblia, o mesmo texto é abordado assim:

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação”

Depois de tudo isso, meu xófen, o que realmente é importante? O que Deus pensa e sabe sobre você, só isso, o resto é simplesmente resto. Sendo assim, importe-se em fazer sua vontade e agrada-lo. Este precisa ser o seu objetivo de vida. Se for, irá guiar todas as suas decisões, além do seu modo de vida.

 

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