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Ninguém posta foto própria chorando no Facebook. Todos dão bom dia, estão felizes e saltitantes. Mas nem sempre é essa a realidade da vida aqui fora de uma conexão de internet.

Para debater um tema complexo e beeeem profundo, a Campus Party promoveu um debate com a presença da jornalista Mona Dorf, o velejador Beto Pandiani e o escritor e jornalista Gilberto Dimenstein. A mediação ficou por conta da irreverente Rosana Hermann.

Em cheque a felicidade superficial encontrada na internet e principalmente nas redes sociais. Fotos lindas no perfil e na realidade uma pessoa com um nariz meio redondo, olhos pretinhos diferentes dos verdes do perfil, cabelos um pouco mais rebeldes e muita mentirinha, truque e um jeitinho de deixar a pessoa na rede social da internet mais feliz e mais bonita do que é na realidade.

Parece que o comercial da Doriana com família feliz apenas migrou para a internet.  Eu que os convidados em geral são pessimistas demais com relação a vida em rede.

Mona Dorf foi enfática ao renomear o Facebook de “FakeBook”, se referindo as falsas personalidades solta na rede de Zuckerberg.

Já o velejador Beto Pandiani comentou sobre o medo que as pessoas têm de ficar sozinhas. Ele conceitou a diferença entre solidão e solitude, sendo que na última você tem plenitude e tem uma sensação de bem-estar. Para o velejador, muita gente não consegue perceber que está triste e corre para a internet e por ali ficam horas. A internet virou um remédio, mas a cura não vem.

Já o jornalista Gilberto Dimenstein não é adepto a essa hiperconexão que as pessoas estão se submetendo. Para ele o contato presencial jamais será substituído por experiências digitais.

Eu acho que o presencial é importante sim, mas com essa vida corrida e com pessoas morando em diferentes lugares, o digital ajuda muito a te deixar conectado com pessoas queridas, por mais longe que estejam. Liga a câmera e você logo vÊ um sorriso. E sorriso muda tudo, mesmo que se for pela webcam. Voz passa energia, força e ajuda sim matar saudade e fortalecer relacionamentos.

Eu acredito que as pessoas simplesmente querem viver e estão em busca da felicidade a todo momento. A Martha Gabriel, famosa entusiasta do digital disse uma frase que ficou realmente marcada. Ela disse que nessa busca insensante pela felicidade, as pessoas correm para onde elas estão encontrando algo que lhes façam felizes. Se o real está legal, por exemplo, um churrasco entre amigos, a pessoa fica ali conectada aos amigos. Se a vida está chata, você está numa fila de espera, de banco, no engarrafamento, você corre para a internet. A vida hoje em dia é assim. Não é digital, nem off-line, simplesmente é para ser vivida intensamente, independente se conectado ou não. O que vale é ser feliz!

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